O impacto psicológico do feminicídio para as vítimas sobreviventes e para a sociedade em geral

 


O impacto psicológico do feminicídio para as vítimas sobreviventes e para a sociedade em geral

O feminicídio, além de ceifar vidas, deixa cicatrizes profundas na psique das vítimas sobreviventes e reverbera através da sociedade, deixando um rastro de impacto psicológico duradouro.

Para as sobreviventes, o feminicídio cria um espectro de trauma que transcende o físico. Cicatrizes emocionais e psicológicas persistem, formando uma sombra constante sobre a busca por normalidade. A sensação de insegurança, o medo constante e a perda traumática afetam a saúde mental, muitas vezes desencadeando ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.

Na sociedade, o feminicídio gera uma atmosfera de desconfiança e apreensão, minando a confiança nas relações interpessoais. O impacto psicológico coletivo se manifesta em sentimentos de impotência, raiva e luto compartilhado. As narrativas trágicas das vítimas tornam-se um eco persistente, questionando a segurança e a justiça em uma sociedade que permitiu tais atos.

O estigma associado ao feminicídio também afeta indiretamente aqueles que testemunham essas tragédias, gerando um senso de vulnerabilidade generalizada. A normalização desses eventos pode criar um ambiente onde o medo se enraíza, corroendo a confiança nas estruturas sociais e institucionais.

Assim, o feminicídio transcende o ato físico de violência, moldando as mentes e corações daqueles que ficam para trás. Abordar o impacto psicológico requer não apenas apoio individualizado às sobreviventes, mas uma transformação cultural que desafie a aceitação passiva da violência de gênero, buscando uma sociedade onde o respeito e a segurança sejam garantias universais.

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